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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de Janeiro)


Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa. Hum...! 


A verdade é que a religião nunca foi motivo ou promotora da paz e do congraçamento entre os povos e as pessoas. Nas regiões conflagradas atualmente – Caxemira, Oriente Médio, Irlanda, África – as fronteiras dos conflitos coincidem, quase sempre, com as fronteiras religiosas. Às vezes são diferenças no interior das religiões mesmas que marcam tais fronteiras.


Religião tem sido motivo para massacres, atentados, guerras e terrorismo. Religião acaba com amizades, convívio entre vizinhos, casamentos. O odium theologicum é o pior de todos os ódios possíveis por que se sustenta em “uma causa maior” e transcende à mesquinharia que alimenta a maioria dos ódios.

No Brasil, o candomblé é a maior vítima de intolerância, mas não exclusivamente. Os episódios de intolerância recentes foram quase todos contra adeptos de cultos de matriz africana, mas há também, circulando na internet, uma cena de uma mulher quebrando uma imagem de santo. Os evangélicos, também eles, são vítimas de intolerância por parte da elite branca bem-nascida.


Eu não tenho dúvida de que onde houver ações de tolerância religiosa, a causa não estará na religião, mas em interesses extra religiosos. Isso não significa que não devamos buscar sempre o esclarecimento, e a fraternidade entre pessoas que crêem de forma diferente de nós. O racismo, o preconceito e a intolerância, quase sempre, estão enraizados na ignorância.



Texto publicado no Facebook, pelo professor - Edin Sued Abumanssur - 
 PUC-SP - no dia 21/01/2017.  

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