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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A ideia cristã do 'pecado original' é incompatível com o Hinduísmo, o Budismo e o Islã


De acordo com os cristãos, a doutrina do ‘pecado original’  pretende explicar a origem da imperfeição humana, do sofrimento e da existência do mal através da queda do primeiro homem que desobedeceu aos desígnios do Criador (Deus) e como resultado, a natureza de Adão e toda a sua descendência tornou-se pecaminosa. No entanto, essa doutrina apenas faz referência ao Cristianismo, e, por isso, é considerada incompatível com as outras religiões mundiais, ou seja, o Hinduísmo, o Budismo e o Islamismo.

No primeiro caso (Hinduísmo), e, por acreditarem em sucessíveis reencarnações, a ideia de pecado é substituída por duas noções intimamente ligadas. A primeira: o samsara, ciclo de morte e renascimentos que mantém preso todo ser vivo; segunda o Karma, ou seja, o ato e sua consequência inseparáveis que aprisiona todo ser no ciclo das mortes e renascimentos. Para sair desse ciclo, cada ser precisa melhorar seu Karma ao longo das várias reencarnações, por isso, o hinduísmo apresenta várias vias para alcançar o moksha, ou seja, a libertação do ciclo de renascimentos como objetivo de vida de todo hindu. 

No Budismo também não existe a noção de pecado original, pois, segundo os budistas, ninguém nasce pecador, mas as pessoas sofrem porque vivem. Então a primeira sensação do viver é o sofrimento e não a felicidade uma vez que, a vida é sofrimento. O objetivo dos budistas é alcançar o nirvana através do conhecimento das quatro nobres verdades e percorrendo o caminho óctuplo que significa ter entendimento, pensamento, linguagem, ação e esforço corretos antes dos desejos. 

O islamismo também não ensina nada semelhante à ideia cristã de pecado original, pois, o Islã ensina que os homens pecam por livre escolha, não por terem nascido pecadores, como é no caso do Cristianismo. Por isso, eles adotam a doutrina pelagiana que, sustenta que o homem é responsável pela sua própria salvação e, por isso, não precisa de graça. No entanto, os muçulmanos reconhecem, que, o pecado é algo contrário à Deus, ou seja, é a inclinação humana para fazer aquilo que é contrário a Deus.   

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